Violência e repressão neste período sangrento da história argentina O movimento que levou a uma ditadura militar na Argentina se autodenominava “Revolução Argentina” e realizou um golpe de Estado contra o então presidente Arturo Illia, no dia 28 de junho de 1966. Há algo peculiar na ditadura Argentina que é o fato de que em nenhum momento os revolucionários indicaram o seu movimento como passageiro, pelo contrário, desde o início do movimento, os seus participantes indicaram a intenção de estabelecer um novo sistema ditatorial de tipo permanente, denominado “Estado Burocrático Autoritário” .
Revolução Argentina”, na verdade uma ditadura militar, e as lutas entre os diversos setores militares produziram dois golpes internos, sucedendo-se no poder três ditadores militares: Juan Carlos Onganía (1966-1970), Marcelo Levingston (1970-1971) e Alejandro Agustín Lanusse (1971-1973). Perseguida por uma insurreição popular crescente e generalizada, a ditadura organizou uma saída eleitoral com participação do peronismo (apesar de impedir a candidatura de Juan Domingo Perón), em 1973. Nesta eleição posterior e ainda bastante influenciada pela ditadura militar, venceu o candidato peronista Héctor J. Cámpora,. Héctor renunciou pouco depois, de modo a permitir novas eleições livres, nas quais tPerón venceu.
“Revolução Argentina”, liderado pelo General Videla, contava com amplo apoio da população em geral, do empresariado e da imprensa, que temiam a desorganização do governo de “Izabelita Perón”. O que se temia era que houvesse uma onda de terrorismo, como aconteceu em outros países. Com oobjetivo declarado de evitar um possível crescimento do terrorismo, a ditadura militar Argentina lançou a doutrina de segurança nacional, que dividia o mundo de modo maniqueísta: de um lado, o acidente, o lado do bem do outro, os comunistas, perigosos e cruéis.
As expectativas de um prolongado governo dos militares golpista estavam refletidas em uma de suas mais repetidas frases, a que afirmava que a Revolução Argentina tem objetivos, mas não prazos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário